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Vacinar é salvar vidas

Paralisia infantil, sarampo, rubéola, tétano, coqueluche, caxumba, febre amarela e gripe são algumas das doenças que podem ser evitadas pela vacinação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que de 2 a 3 milhões de mortes a cada ano sejam evitadas pela vacinação.

Assim, quanto mais pessoas tomarem as vacinas recomendadas, menos vírus e bactérias circulam entre a população e menos pessoas adoecem.

As vacinas são seguras. Elas desencadeiam uma resposta imunológica que auxilia nosso organismo a se defender contra doenças transmissíveis.

A rotina de imunização gratuita abrangida pelo Calendário Nacional de Vacinação contempla 19 vacinas, ofertadas para recém-nascidos até a terceira idade.


Principais vacinas  encontradas nas Unidades Básicas de Saúde (gratuitas)

BCG

O que previne:

Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).

Indicação:

A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade.

Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra).

Esquema de doses:

Dose única.

Vacina Haemopphilus Influenza b

O que previne:

Doenças causadas pelo Haemopphilus influenzae tipo b,  principalmente meningite

Indicação:

  • Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.
  • Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.

Pode ser encontrada isolada ou combinada com a vacina tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa)

Onde pode ser encontrada:

  • A vacina Hib faz parte da rotina de vacinação infantil, compondo a vacina penta dos postos de saúde ( triplice bacteriana de células inteiras, hepatite B e Hib-DTPw-HB/Hib)
  • Nos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE), para pessoas com algumas condições clínicas específicas de risco para a doença ou para complementação de esquemas vacinais, na apresentação isolada.

Vacina dupla bacteriana Infantil – DT

O que previne:

Difteria e Tétano

Indicação:

Para crianças menores de 7 anos de idade, que tenham apresentado encefalite nos sete dias subsequentes à administração de dose anterior de vacina contendo componente coqueluche (DTPw ou DTPa).

Contraindicações:

  • Pessoas a partir de 7 anos de idade.
  • Não deve ser utilizada de rotina. A vacina recomendada de rotina para crianças é a tríplice bacteriana e suas combinações, que também protegem contra a coqueluche.

Esquema de doses:

Uma a três doses, de acordo com o histórico de cada criança e sob orientação médica.

Onde pode ser encontrada:

Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para crianças com até 7 anos que não podem tomar vacinas coqueluche (DTPw e DTPa).

Febre Amarela

O que previne:

Febre Amarela

Indicação:

Pessoas a partir de 9 meses de idade.

Esquema de doses:

Rotina

  • Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos.
  • Acima de 4 anos: Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

Vacina gripe

O que previne:

Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.

Indicação:

Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

Esquemas de doses:

  • Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual.
  • A partir de 9 anos: dose única anual.
  • Para menores de 3 anos, na dependência da bula do fabricante, o volume a ser aplicado em cada dose pode ser de 0,25 mL ou 0,5 mL.

Ofertadas em campanhas anuais de vacinação para grupos específicos

Vacina hepatite A

O que previne:

Hepatite A

Indicação:

Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Esquema de doses:

  • Duas doses com intervalo de seis meses.
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.
  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 201​7, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar ​5 anos de idade.

Onde pode ser encontrada:

  • Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 1​5 meses a ​4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
  • Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para pessoas com algumas condições clínicas de risco para a hepatite A: doenças crônicas do fígado, inclusive portadores do vírus da hepatite C e portadores crônicos do vírus da hepatite B; distúrbios de coagulação, pacientes com HIV/Aids; imunodeprimidos por doença ou tratamento; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgão sólido; transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; doadores de órgão sólido ou de medula óssea; hemoglobinopatias.

Vacina Hepatite B

O que previne:

Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B

Indicação:

Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Esquema de doses:

  • Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: uma dose em formulação isolada ao nascimento e doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, incluídas na vacina pentavalente de células inteiras. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada, e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina penta acelular, que não contém o antígeno hepatite B em sua formulação.
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis  meses entre a primeira e a terceira.

Onde pode ser encontrada:

  • Na rede pública, para todas as pessoas. Pode ser usada a vacina hepatite B isolada ou, para as doses dos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada a outras vacinas (vacina DTPw-HB/Hib )

Vacina HPV4

O que previne:

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV  6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).

Indicação:

  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina para:
    • Meninas de 9 a 14 anos de idade;
    • Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
    • Meninos de 11 a 14 anos;
    • Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
  • A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o mais precocemente possível. Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.

Esquemas de doses:

  • A vacina é licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos aos 45 anos e para meninos e homens entre 9 e 26 anos. O esquema deve ser iniciado o mais cedo possível.
  • São recomendadas duas ou três doses, dependendo da idade de início da vacinação.
  • Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 – 6 meses).
  • A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses).
  • Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses).

Onde pode ser encontrada:

  • Nas Unidades Básicas de Saúde, a vacina HPV4 está disponível para:
    • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos no esquema de duas doses (0-6 meses);
    • Pessoas de 9 a 26 anos nas seguintes condições:
      • Com HIV/Aids
      • Transplantados;
      • Pacientes oncológicos em tratamento com radioterapia ou quimioterapia podem ser vacinadas nas Unidades Básicas de Saúde ou nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
      • O esquema para essas pessoas é o de três doses (0 – 1 a 2 – 6 meses).

Vacina meningocócica  C conjugada 

O que previne:

Doenças causadas pelo meningococo C (incluindo meningite e  meningococcemia).

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Esquemas de doses:

  • A SBIm recomenda que a vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) seja preferida para crianças, adolescentes e adultos, visto que protege contra três outros tipos de meningococos, além do C.
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade.
  • Para adultos, somente em situações que justifiquem, em dose única.
  • O PNI disponibiliza três doses da vacina meningocócica C na infância: aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até antes de completar 5 anos. Para adolescentes, uma dose é oferecida entre os 11 e 12 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal).

Nas Unidades Básicas de Saúde, ofertada para crianças de 3 meses a menores de 5 anos de idade e para adolescentes de 11 e 12 anos.

Vacina Meningococica conjugada quadrivalente

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Indicação:

  • Para crianças a partir de 2 meses e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Esquema de doses:

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças e adolescentes. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócia C conjugada.
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida (dependendo das recomendações das bulas) e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
  • Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.
  • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é ofertada para adolescentes de 11 e 12 anos.

Vacina Rotavírus

O que previne:

Doença diarreica causada por  rotavírus

Indicação:

Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.

Esquema de doses:

  • VRH1 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: em duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2 e 4 meses de idade.
  • VRH5 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.
  • Sobre ambas as vacinas – A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 dias. Se houver atraso além dessa idade, a imunização não poderá ser iniciada. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.

Onde pode ser encontrada:

  • VRH1 – Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 a 8 meses de vida. Também pode ser encontrada nos serviços privaados de vacinação.
  • VRH5 – Apenas em serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 6 semanas a 8 meses de vida.

Vacina tríplice bacteriana acelular adulto – dTpa

O que previne:

Difteria, tétano e coqueluche

Indicações:

  • Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
  • Gestantes.
  • Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo com bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.

Esquema de doses:

  • Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
  • Recomendada para o reforço na adolescência.
  • Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
  • Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
  • As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, ​a partir da 20ª semana de gestação. ​Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto​, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).
  • Para crianças com mais de 3 anos, adolescentes e adultos não vacinados, com histórico vacinal desconhecido ou esquema básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas outras doses da dT (dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano). A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.
  • Nas Unidades Básicas de Saúde ofertadas para gestantes ​a partir da 20ª semana ​de gestação, puérperas até 45 dias após o parto e profissionais da Saúde que atuam em maternidades e serviços de atendimento a recém-nascidos.

Vacina tríplice bacteriana de células inteiras – DTPw

O que previne:

Difteria, tétano e coqueluche

Indicações:

Para todas as crianças até 7 anos de idade, mesmo as que já tiveram tétano, difteria e coqueluche, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente. A vacina é usada na rede pública como dose de reforço para crianças com idade entre 4 e 5 anos.

Esquema de doses:

É utilizada na rotina pública de vacinação infantil aos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada com as vacinas Hib e hepatite B. A vacina DTPw isolada (não combinada a outras vacinas) é usada na rede pública para os reforços do segundo ano de vida e dos 4 anos de idade.

Vacina tríplice bacteriana de célula inteira combinada com Hib e hepatite B ( DTPw-HB/Hib)

O que previne:

Difteria, tétano e coqueluche, meningite por HIB (bactéria Haemophilus influenzae tipo b) e hepatite B

Indicação:

Crianças até 7 anos de idade.

É utilizada nas Unidades Básicas de Saúde para a vacinação no primeiro ano de vida, aos 2, 4 e 6 meses.

Mesmo as crianças que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Hib e/ou coqueluche, devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente contra novas infecções.

Esquema de doses:

Uma dose aos 2, 4 e 6 meses de idade.

VACINA tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola)

O que previne:

Sarampo, caxumba e rubéola

Indicação:

Crianças, adolescentes e adultos.

Esquemas de doses:

  • A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
  • Em situação de risco para o sarampo – surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.
  • Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral).
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.
  • Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem a medida na rotina.
  • Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela [tetraviral: SCR-V]). Também podem se vacinar gratuitamente indivídos até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e indivíduos entre 30 e 59 anos (uma dose).
  • Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

Onde pode ser encontrada:

  • Nas Unidades Básicas de Saúde, duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos. Eventualmente, em caso de surtos, o Ministério da Saúde (MS) pode realizar campanhas de vacinação para pessoas a partir de 6 meses de vida. Esta dose “extra” não substitui as duas doses recomendadas no esquema de vacinação.

Vacina varicela(catapora)

O que previne:

Varicela (catapora)

Indicação:

  • É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).
  • Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

Esquema de doses:

  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral (SCR-V).
  • A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses.
  • Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.
  • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ofertadas para crianças entre 4 e 6 anos de idade. Na falta da vacina quádrupla viral (SCR-V), também é usada para a vacinação de crianças aos 15 meses.

Vacinas pneumocócicas conjugadas

O que previnem:

A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Indicações:

  • Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.
  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
  • Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Esquemas de doses:

VPC10 ou VPC13

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam, sempre que possível, o uso da VPC13, devido à proteção contra mais sorotipos.
  • O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses de VPC10 com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade.   
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação infantil de rotina com quatro doses da vacina VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.
  • Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.         
  • Para crianças entre 2 e 5 anos de idade:
    • Não vacinadas: uma dose.
    • Portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23) .

Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. Crianças vacinadas com a VPC10 podem ser beneficiadas pela VPC13. A vacina deve ser administrada no mínimo dois meses após a última VPC10 e o númer de doses dependerá do recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.

VPC13

  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente.
  • Para os maiores de 60 anos, recomenda-se de rotina complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente.

Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina VPC10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica. O número de doses dependerá da idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.

Onde podem ser encontradas:

  • VPC10 – Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 meses a 4 anos, e nos serviços privados de vacinação, para crianças de 2 meses a 5 anos. Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para crianças com até 5 anos de idade que tenham certas condições de saúde que aumentam o risco para doença pneumocócica grave.
  • VPC13 – Nos Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e serviços privados de vacinação.

Vacinas poliomielite

O que previne:

Poliomielite (paralisia infantil)

Indicação:

  • Devido à erradicação da poliomielite  em diversas regiões do mundo e também para evitar a paralisia que pode ser causada pelo vírus contido na vacina oral (VOP), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que países como o Brasil, de baixo risco para o desenvolvimento da doença, passem a utilizar a vacina inativada (VIP), sempre que possível.
  • Desde 2016, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP no reforço e campanhas anuais de vacinação.
  • A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta que a VIP seja a vacina de preferência na administração de todas as doses.
  • A vacina poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos.
  • Para viajantes adolescentes e adultos com destino a países onde a doença é endêmica, como o Paquistão e o Afeganistão, ou a locais onde há risco de transmissão e registro de casos de poliomielite causada pelo vírus vacinal.

Esquemas de doses:

  • A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.
  • VIP – Na rotina de vacinação infantil: aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade. Na rede pública as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP.
  • VOP – Na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada nas doses de reforço dos 15 meses e dos 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.

Onde pode ser encontrada:

  • VIP – A apresentação isolada está disponível nas Unidades Básicas de Saúde para as três primeiras doses do esquema infantil de rotina. As demais doses para a prevenção da poliomielite são feitas com a vacina VOP.
    • Nos serviços privados de vacinação, está disponível apenas em apresentações combinadas com outras vacinas: DTPa-VIP/Hib e DTPa-VIP=HB/Hib   (para crianças com menos de 7 anos) e dTpa-VIP (para crianças a partir de 3 anos, adolescentes e adultos).
    • Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), a apresentação isolada está disponível para crianças e adultos imunodeprimidos ou contactantes de imunodeprimidos e para pessoas em situações que contraindicam a utilização da vacina VOP.
  • VOP – Nas Unidades Básicas de Saúde, para as doses de reforço e nas campanhas de vacinação.

Fonte: Extraído do site da Sociedade Brasileira de Imunizações


Mais informações sobre as vacinas recomendadas e o calendário vacinal 2021/2022 atualizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações você encontra nos sites:
sbim.org.br
família.sbim.org.br

Calendário Vacinal 2021/2022

Como reconhecer um AVC em 06 passos

O Acidente Vascular Cerebral ou “derrame cerebral” (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, causando sintomas neurológicos variados

Existem dois tipos de AVC:

  • AVC isquêmico.
  • AVC hemorrágico.

O que é um AVC isquêmico

O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria devido a um trombo ou um êmbolo, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Esses trombos ou êmbolos podem ser formados por placas de aterosclerose, ou “coágulos de sangue” relacionados com alterações cardíacas ou distúrbios de coagulação.

É o mais comum e representa 85% de todos os casos.

O que é um AVC hemorrágico

O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge, provocando hemorragia. Tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma..

É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

Sintomas e sinais de alerta

Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:

  • fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
  • confusão mental;
  • dificuldade da fala ou compreensão;
  • alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
  • falta de equilíbrio ou de coordenação, tontura ou alteração no andar;
  • dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Diagnóstico de AVC

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio ou Ressônancia cerebral são os métodos de imagem adequados para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia ou confirmando sangramentos. 

Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.

O Acidente Vascular Cerebral é uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.

Fatores de risco

Os principais fatores causais das doenças são:

  • Hipertensão arterial
  • Diabetes tipo 2
  • Colesterol alto
  • Sobrepeso
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Uso excessivo de bebida alcoólica
  • Idade avançada
  • Sedentarismo
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Histórico familiar;

Como prevenir o AVC?

  • Não fumar
  • Não consumir álcool em excesso
  • Não fazer uso de drogas ilícitas
  • Manter alimentação saudável
  • Manter o peso corporal ideal
  • Beber bastante água
  • Praticar atividades físicas regularmente
  • Manter a pressão arterial sob controle
  • Manter a taxa de glicose sob controle

Dicas de prevenção das doenças do outono

O outono já começou! Nesta estação, as temperaturas vão ficando mais baixas, o clima mais seco e a poluição deixam no ar muitos agentes prejudiciais à saúde.

E para evitar as doenças respiratórias e alérgicas típicas do outono, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Principalmente, nesses tempos de pandemia.

Acompanhe as nossas dicas e consulte os profissionais de saúde, em caso de problemas de saúde.

Dicas para manter a saúde no outono

  • Manter o distanciamento social e evitar aglomerações
  • Usar máscaras de proteção sempre que precisar sair de casa. Ela deve cobrir completamente a boca e o nariz. Evite tocar na máscara durante o uso.
  • Lavar bem as mãos com água e sabão, usar alcóol em gel
  • Evitar contato com olhos, boca e nariz
  • Higienizar objetos e utensílios em casa e no trabalho
  • Limpar a casa com pano úmido
  • Evitar o uso de vassouras, espanadores e produtos de limpeza com cheiro forte
  • Suspenda o uso de cortinas, tapetes e carpetes, principalmente na presença de pessoas alérgicas
  • Evite brinquedos de pelúcia ou envolva-os em plástico para evitar o acúmulo de poeira e outros agentes alérgicos
  • Lave roupas e lençóis com sabão neutro
  • Beber bastante líquido, para hidratar o corpo , umidificar as vias aéreas e limpar o organismo de agentes nocivos à saúde
  • Consuma verduras, legumes e frutas da safra e produtos produzidos localmente. Evite alimentos ultraprocessados e mantenha uma dieta equilibrada.
  • Estabeleça horários regulares para fazer suas refeições e alimente-se com calma
  • Mantenha o ambiente ventilado para fazer a renovação do ar, em casa e no ambiente de trabalho.
  • Coloque bacias com água ou plantas em casa para aumentar a umidade do ar em dias muito secos.

E aproveite o outono com saúde.!!!

O que é a endometriose?

Cólicas, que não melhoram com remédios convencionais ou com pílula anticoncepcional, não são normais!

As cólicas normais são de leve intensidade, duram no máximo dois dias e passam com o uso de medicamentos simples.

Entretanto, pode-se suspeitar de endometriose quando :

  • a mulher tiver cólicas mais intensas
  • dores em todos os ciclos menstruais
  • dores que aumentam de intensidade com o passar dos meses
  • se precisa ficar de cama durante o período, sem conseguir fazer suas atividades habituais

⠀O que é o endométrio?

O endométrio é a camada de tecido que reveste a cavidade do útero e que é eliminada todo mês com a menstruação.

O que e a Endometriose?

Uma doença inflamatória ocasionada pela presença do endométrio fora do útero.

Em geral, a endometriose se manifesta em mulheres na faixa de 25 e 35 anos. Entretanto, os sintomas podem ocorrer cerca de oito anos antes. Ou seja, a endometriose , em muitos casos, começa na adolescência!!!

A endometriose afeta uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva. São cerca de 176 mulheres no mundo e mais de 6 milhões de brasileiras sofrem com a doença.

Sintomas da endometriose

  • cólica menstrual intensa
  • dor pélvica persistente
  • dor nas relações sexuais
  • fadiga
  • infertilidade
  • diarreia
  • alteração nos hábitos intestinais e urinários, com idas ao banheiro mais vezes ao dia, durante o período menstrual


Portanto, cólicas muito intensa e que pioram com o passar do tempo não são normais e devem ser investigadas. Desde a adolescência, é muito importante dar atenção aos sintomas. E buscar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequado da doença.

Converse com seu ginecologista sobre a endometriose!